quarta-feira, 29 de agosto de 2007

VERDADES ?!

Como acreditamos em mentiras, inúmeras mentiras essas que nos são contadas ao passar dos anos. Sabemos que uma mentira contada várias vezes se torna verdade, já dizia o filosofo Nietzsche que “a verdade nada mais é que a mentira que não deu certo”, sendo assim, cabe a nós estarmos duvidando e discordando da verdade absoluta, quando sabemos que tal verdade não existe. Se observarmos, veremos que o quadro pintado pelo grande artista paraibano Pedro Américo, denominado Independência ou morte e mais conhecido como Grito do Ipiranga, pintado em 1888, ou seja, 66 anos após o tal fato e de total inspiração em um quadro fracês da época. O quadro brasileiro foi encomendado e patrocinado pelo seu amigo, na época imperador do Brasil D. Pedro II, exalta-o e o pinta em um belo cavalo com roupas de general e muitos cavaleiros ao seu redor o apoiando e protegendo-o, até o riacho do Ipiranga foi deslocado para mais próximo do ilustríssimo imperador do Brasil. Que essa tal independência politico-financeira não houve, isso está mais que provado e se essa independência veio de fato, chegou tarde, pois também sabemos que o Brasil foi o ultimo país da América latina a conquistar a independência e abolir a escravidão. Teorias levantadas à base de documentos da época dizem que o senhor imperador D. Pedro, decretou a “independência” do Brasil no púlpito do parlamento da capital da colônia que na época se encontrava na cidade do Rio de Janeiro, e só realizou esse ato porque se encontrara pressionado pelos parlamentares. Outra teoria muito aceita é de que Dom Pedro no momento da "proclamação da independência" estaria trajando vestes civicas e não militares e para piorar, o proprio se encontrava com uma pequena indisposição intestinal e momentos antes foi obrigado a fazer uma visita indesejada atrás de uma moita. Segundo consta, seu "lindo" cavalo da pintura na verdade seria um asno e que esse povo todo montado que aparece de montaria não eram tantos assim; mas isso não é interessante para colocar em uma pintura a óleo que retrata um grande marco de suma importância na história do Brasil, e por fim, não observamos a presença do povo no acontecimento retratado no quadro, apenas vemos de longe um carreiro que por sinal nem para o acontecimento está olhando, não podemos esquecer também do distante casebre. O que podemos notar dessa situação toda é o fato de que o autor do quadro quis passar a idéia de que o povo estava presente em um momento tão "historico" para o país, só que de longe, mas mesmo assim, segundo o que o autor tenta passar, é o fato que o povo mesmo de longe estava lá, e o grito não foi dado tão ao léu assim. Sendo assim, que verdade é essa que é nos contada sobre o grito de independência ou morte, que verdade é essa que durante anos e anos aparece ilustrada em livros didáticos de história. O mesmo acontece com o quadro da 1ª missa no Brasil, as imagens também são deturpadas pelo pintor Victor Meirelles. Como o quadro só foi pintado em 1861 há algumas falhas na obra, a mais visível estar na vegetação, como sabemos em 1500 a Terra de Vera Cruz (Brasil) não tinha coqueiros, pois os coqueiros foram trazidos anos depois, na pintura da primeira missa a palmeira aparece, também aparecem muitos nativos no alto das árvores olhando e participando da cerimônia, admirados com o ritual de louvação a Jesus Cristo, como se os nativos tivessem a espera da colonização e da cristianização, isso só prova mais uma vez que as imagens dizem muita coisa. Estamos falando da primeira missa, da independência e estamos esquecendo da 1ª mentira brasileira que foi o famoso descobrimento das terras Tupiniquins. Baseados em cartas e documentos da época contemporânea a do descobrimento, recentemente estudiosos pesquisadores portugueses, franceses e espanhóis, descobriram que Pedro Álvares Cabral já veio sabendo o que iria encontrar e que a aventura ao acaso não foi em vão, não se lançou para o desconhecido tão cego assim. O primeiro português a desembarcar em nossas terras foi um sujeito chamado Duarte Pacheco Pereira (idéia defendida pela maioria dos historiadores) que veio em missão a mando do rei de Portugal Manoel I, em missão secreta, pois a terra recentemente descoberta, pelo o famoso tratado de Tordesilhas de 1494 impedia que Portugal tomasse posse das mesmas, pois se encontravam do lado pertencente à Espanha, pelo o que se sabe até então, Duarte Pacheco veio em novembro ou dezembro de 1498 e atracou nas proximidades onde hoje se encontram os estados do Maranhão (MA) e do Pará (PA). Sendo assim o rei de Portugal achou melhor que a descoberta ficasse em sigilo por algum tempo, apesar de no tratado de Tordesilhas existir um artigo que obrigava ao país que descobrisse alguma terra desconhecida até então informar ao outro. A viagem de Cabral ainda é considerada o descobrimento oficial por puro comodismo ou questão de tradição, já que essa versão é mais antiga; é onde a frase que eu disse que, uma mentira dita várias vezes se torna verdade se encaixa direitinho. O “descobrimento” do Brasil só foi divulgado e dado alguma importância um ano após a carta de Pero Vás de Caminha chegar às terras Lusitanas e as terras descobertas só foram exploradas trinta anos após a chegada de Cabral. A principio as terras de Vera Cruz ficaram para segundo plano, o comercio de especiarias das índias era muito mais lucrativo, chegando a dar lucro de 600% à coroa. Portanto, as coisas não são tão bonitinhas e organizadas como nos contam e como vimos nos livros, a “verdade” não é tão verídica assim, esses foram só três exemplos que como historiador vejo, porém em varias outros ciências ou não ciências existem muito mais verdades não tão verdadeiras assim, a verdade não é uma coisa pronta e perfeita, busque as verdades, procure sempre outra versão e duvide sempre do obvio. que veio em missses, franceses,s, ores cidadentura ao acaso nnizadores, na pintura da primeira missa a palmeira aparece.

2 comentários:

Jorge Elô disse...

Pow, como Raul já dizia:
"Aos doze anos eu já duvidava da verdade absoluta"! Depois disso, sem verdade na cabeça, tudo é relativo à visão de quem olha, e devido a isso, tudo passa a ser justificável e argumentável, pois nada mais é inquestionável. Não sei se mais feliz, mas a partir do momento que duvidei da verdade absoluta (nem foi como Raul, aos doze anos, foi um pouquinho mais tarde, aos 15 ou 16) ando na corda bamba de não crê em nada ao mesmo tempo que creio em tudo, pois tudo existe ou deixa de existir dependendo de onde estamos olhando, e se isso é bom ou ruim , não saberia dizer. Escolha quem quiser a resposta mais cômoda...
Falow!

Marcilo Ramos disse...

gostei da analise, caro amigo "Jorge Elô"